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/latam/ - LATAM

Latino Americano
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Not reporting is bourgeois


 

Edição Trixie Lulamoon & Grace chan Edition

"O lugar mais web-revolucionário para competir com outros anons sobre quem consegue jogar mais merda no ventilador e vício de debate and seethe edition"

Edições Anteriores: >>2703 >>3731
602 posts and 157 image replies omitted.

>>5467
Tu é retardado, correios vs mercado livre, falcon heavy/spaceship (spacex) vs SLS (nasa) que diabo milei têm haver com a história, seu come bosta ? Só por que reduziu número de funcionários ? Enquanto Chavez encheu a Venezuela de funcionário público, e não se importou em construir base não estatal sólida, levando a destruição da sua economia, o vietnã fez o oposto https://periodicos.fgv.br/cgpc/announcement/view/386

>>5375
Lumpen são úteis como força de trabalho forçado,não custa nada, importante principalmente para países ainda muito subdesenvolvidos.
>>5469
Que é ordinance 4 ?

>>5474
>Mercado livre e space x
Usam infraestrutura pública pra fazer a merdice privada, os foguetes do merdelon só são requentes do passado.
>Sim o que tem a ver com o milei
Essa demência neoliberal que você tá vomitando igual o arrombado que vc é, vai fazer gargarejo com mijo Haddad.

>>5477
Pica não relatada né anão.

File: 1741661310400.jpg (91.48 KB, 600x450, disgust.jpg)

>Fã de Elon Musk se achando em casa em imageboard de esquerda

>>5476
Tu é um ignorante imbecil mesmo, "spacex usa "infraestrutura publica". Nem a plataforma, nem o foguete foram públicos, ambos foram construídos pela spacex.
>Haddad

🤣 Tu é uma criança demente, sabe só chamar nomes, sem argumento algum. que tal Hitler ?, Bolsonaro ? já que sabes nada de economia, pelo menos faz me rir. >>5480
Reconhecer o trabalho de alguém, não significa que compactua com suas ideias.(O USUÁRIO FOI AVISADO PELO POST)

>>5465
já vi gente pedindo o reembolso com o item no brasil e recebendo ainda
que merda de sistema esse remessa conforme, eu já paguei a porra do imposto no checkout e foi verificado na hora de aprovar a importação, pq deve passar por um asno na receita federal se eles já sabem que não há mais nada para tributat?

File: 1741662078472.jpg (182.68 KB, 1788x885, ss.jpg)

>>5482
Vc não sabe nem como postar aqui, claramente está no lugar errado amigo. Volte pro twitter/reddit ou sei lá daonde veio, aqui não tem fã de bilionário de foguetinho inútil.

>>5475
>Que é ordinance 4 ?
>>>/meta/37647

>>5482
Chimpanze do musk e e sempre foi bancado pelo estado americano e todo o lixo que ele dis ser inovação dele já tava no laboratório da NASA retardo.
>Ain criança você tá chamando nomes, vai me chamar de Hitler.
Hitler não bancava de esquerdalha enquanto praticava o neoliberalismo de, você sim, igual o lixo do Haddad

File: 1741665036782.png (493.97 KB, 500x446, ClipboardImage.png)

>>5465
Bostil

>>5490
>>5487
Quando liberdade de empreender é tratado como algo ruim, realmente o país merece ser tachado de bostil. Trocar a coerção de um classe dominante pela do estado, no fundo, não traz nenhuma mudança.

>>5491
Eu sei o que tu é

>>5491
>B-bostil
>Muh Empresarios
Eles tiveram décadas pra mostrar algum avanço social mas tudo que mostraram é que pode ganhar dinheiro com cassino especulativo,gibs do governo igual o plano safra ou o lá muskbux e cortes sociais e roubo de infraestrutura pública para monetização, o "bostil" vai continuar deste jeito até jogarmos o FHC e sua politica e gente como você que compactua com essa demência no lixo.

>>5494
>plano safra
Brasil é um dos maiores produtores agrícolas, em parte, pela política agrícola.
>Eles tiveram décadas pra mostrar…
A desindustrialização do brasil, prova que não tiveram "décadas" pra nada, o investimento na indústria foi pífio, que aliado ao "custo brasil", conjunto de dificuldades estruturais (incluindo ausência de trens), excesso de burocracia, complexidade do sistema tributário, baixa produtividade dos trabalhadores etc…) foi o que influenciou negativamente o ambiente de negócios, encarecendo os preços dos produtos e custos de logística, destruindo a competitividade, e deixando apenas investimento financeiro como rentável.

>tudo que mostraram é que pode ganhar dinheiro com cassino especulativo

Investimento econômico e investimento financeiro, são coisas completamente diferentes, você mostra completa ignorância ao igualar-los.

>cortes sociais

Criando espantalhos pra atacar ? nem mencionei corte de nada e vem com essa ? Vai tomar no cu.

>roubo de infraestrutura pública para monetização

O único culpado pela privatização da Vale, é o próprio governo, é o mesmo que piora a financialização da economia, com o rentismo dos juros altos, e transferências para banqueiros como Lula fez com os precatórios.
Todos os países ditos socialistas, que não quebraram, ou são mais pobres que Angola, adotam um modelo chamado de "socialismo de mercado" que na prática pouco diferem do dirigismo visto durante o século 20 nos "tigres asiáticos" como Singapura.

>>5491
>Trocar a coerção de um classe dominante pela do estado, no fundo, não traz nenhuma mudança.

A classe dominante é o Estado porra

Boa tarde, anões, gostaria de saber, na opinião de vocês, qual é o intelectual da esquerda mais inteligente atualmente? Um brasileiro e um gringo. Muita gente me recomenda o Slavoj Zizek, mas tem algum brasileiro brilhante de esquerda?

>>5495
>Brasil é um dos maiores produtores agrícolas, em parte, pela política agrícola.
que entucha o latifundiario de dinheiro que nunca volta em nem um nivel ao cofre publico ou é usado a desenvolvimento social, só pra especulação financeira dos mesmo.
> A desindustrialização do brasil, prova que não tiveram "décadas" pra nada
>>foi o que influenciou negativamente o ambiente de negócios, encarecendo os preços dos produtos e custos de logística, destruindo a competitividade, e deixando apenas investimento financeiro como rentável.
providencia da propria economia agro e mercadista que nunca investiu em indústria para reprodução do mesmo no brasil, importam tudo do maquinário de fora e nunca fizeram esforço em nem um nivel para mudar isso pois já estão confortáveis no nixo deles.
> Investimento econômico e investimento financeiro, são coisas completamente diferentes, você mostra completa ignorância ao igualar-los.
sim, um não afeta a ação do outro não, pode crer, quantas empresas e infraestrutura publicas foram privatizada pra uso de empresários para lucro próprio, empresas que estão lucrando no mercado financeiro financeira primariamente.
>Criando espantalhos pra atacar ? nem mencionei corte de nada e vem com essa ? Vai tomar no cu.
defendeu politica neoliberalismo e emprendedorismo ja pode ser taxado por associação criminosa com Austeridade e privatismo que os mesmos tem como politica universal, seu retardado.
>O único culpado pela privatização da Vale, é o próprio governo, é o mesmo que piora a financialização da economia.
e quem será o culpado por isto, totalmente é só o bolsopetismo, a classe burguesa que em massa defende a financialização nada, só tão oprimindo o pobre burgues industrial, que em grande parte são coniventes pois financialismo da mais dinheiro que ficar competindo com produtos chineses e criando fabricas, sabe, medidas que vão contra a maré do mercado mundial afinal mercado financeiro ainda é parte do mercado.
>com o rentismo dos juros altos, e transferências para banqueiros como Lula fez com os precatórios.
é o que sempre vai dar em Capitalismo meu filho, eles só estão seguindo o dinheiro deles.
>Todos os países ditos socialistas, que não quebraram, ou são mais pobres que Angola
agora me mostre como estes "que não quebraram(não levaram golpe) e são mais pobres que a angola" vivem na mesma condição da angola, vai lá.
dica, eu acho que ter financerismo banido no pais te faz mais pobre, pois sem a inflação economica que é o mercado financeiro só resta o produto mesmo.
>adotam um modelo chamado de "socialismo de mercado" que na prática pouco diferem do dirigismo visto durante o século 20 nos "tigres asiáticos" como Singapura.
com exceção da própria singapura, um pais em que a economia não pode ser replicada em escala larga por nem um pais de maior tamanho populacional o dirigismo foi uma falha em todos os paises que foi estabelecido mesmo quando responsável pela melhoria massiva destes pais e todos se tornaram financeristas, rentistas e privatistas, por que sera, o Empreedendorismo e o mercadismo inevitavelmente se desenvolve a isso.
o que leva ao socialismo de mercado, o seu posts ja te expos como um liberal, o fato de chamar Socialismo de mercado basicamente um dirigismo te confirma como um, afinal nem um dirigismo se ocupou de quebrar monopolios , Estatizar(BOOO, o estado malvadao) propriedades burguesas que vão contra a vontade do partido, parar lobby educacional, monopolizar a terra como bem estatal que só e alugado e não vendido e ir diretamente contra o mercado financeiro, a margem mais lucrativa da economia capitalista em qualquer lugar do mundo, quando eles fazem merda inevitavelmente, coisas que o dirigismo em nem um nivel faria pois só são gestores de desenvolvimento, alem que, pra quem tá chorando porque tem funcionario publico no brasil ou a venezuela ou que eles ganham de mais ignora que eles tambem ganham mais na china e são uma parte expresiva da economia chinesa.
TLDR: Vai mamar o mercado capitalista no reddit animal.

File: 1741736977166-0.jpeg (61.73 KB, 494x578, images (2).jpeg)

>>5499
>nem um dirigismo… estatizar propriedades burguesas que vão contra a vontade do partido
Cara, tu é retardado ? https://iask.ai/?mode=question&options[detail_level]=detailed&q=Are+there+examples+of+dirigist+countries+that+nationalized+private+property%2C+that+weren%27t+socialist+%3F

>exceção da própria singapura, um pais em que a economia não pode ser replicada em escala larga por nem um pais de maior tamanho populacional


"ain quando a população é grande não funciona, só quando é pequena" 🤣 tirou essa "teoria econômica" do cu ? junto com o resto da merda que escreveu ?

>monopolizar a terra como bem estatal que só e alugado e não vendido

O Vietnã faz isso, e nada muda na prática. Dirigismo não é privatização de indústria de base, muito menos de recursos naturais.
<"The Constitution states that all land is owned by the people but managed by the state. Individuals and entities… acquire rights to use land which can be allocated, recognized, or leased from the state. This model exemplifies dirigisme as it restricts private ownership while allowing usage rights under specific conditions.
O Vietnã se autointitula "socialismo de mercado", e as políticas que adotou, não diferem de outras políticas dirigistas, incluindo :
>O Vietnã implementou reformas econômicas abrangentes conhecidas a partir de 1986, transitando de uma economia planejada centralmente para uma economia orientada para o mercado sob coordenação estatal. Essas reformas incluíram: Incentivo ao empreendedorismo privado. Desregulamentação das indústrias estatais. Abertura do país ao comércio e investimentos estrangeiros. Liberalização das políticas comerciais. Foco em exportações e integração global: Adesão à Organização Mundial do Comércio em 2007. Aumento das exportações de produtos manufaturados. Atração de investimento estrangeiro direto oferecendo: Exoneração total de taxas e impostos por quatro anos, seguida de 50% de redução por nove anos. Facilidades de acesso à terra e simplificações administrativas. Incentivos para estabelecimento de unidades de produção e exportação por empresas multinacionais.Investimentos em infraestrutura para apoiar o crescimento industrial

>chorando porque tem funcionario publico no brasil…que eles ganham de mais ignora que eles tambem ganham mais na china e são uma parte expresiva da economia chinesa.

Tu só fala merda. 46% do pib do brasil é gasto do governo (um dos maiores no mundo) apenas 33% na China https://en.m.wikipedia.org/wiki/List_of_countries_by_government_spending_as_percentage_of_GDP o brasil têm o maior IVA do mundo, 28% contra 13% da China, um dos maiores corporate tax 34% vs 25% da China https://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2024-12/reforma-tributaria-pode-elevar-iva-para-28-estima-relator . O Brasil é um dos 7 países que mais gastam com funcionalismo público, 13.5% do PIB, muito mais que a China, e o 2 que mais gasta com "justiça".
Tu é um lambe cu da burguesia estatal, e não um socialista

CARTA DE AFASTAMENTO ORGÂNICO DO PCBR
Ivan Pinheiro

Camaradas,
Há quatro meses atrás, dirigi ao CC (Comitê Central) do PCBR uma carta reservada formalizando meu afastamento do referido órgão dirigente do partido, em que expus as principais razões que me levaram àquela decisão. Até hoje não recebi qualquer retorno, seja da sua CPN (Comissão Política Nacional) ou de alguma Secretaria, ainda que apenas acusando o recebimento da carta. Desta vez, não por essa razão, mas analisando alguns fatos novos, sinto muito comunicar o meu afastamento do próprio partido.

Trata-se de uma decisão política individual, sem qualquer sectarismo, e respeitosa com os camaradas que seguirão construindo um partido que, uma vez superando seus impasses e limitações, pode vir a fazer jus ao nome completo que ostenta, desde que leve à prática as corretas decisões políticas de seu Congresso fundante, entre as quais destaco a oposição por princípio aos governos burgueses de conciliação de classes, a definição pela estratégia socialista da revolução brasileira e a sua localização no campo revolucionário do MCI (Movimento Comunista Internacional), além do respeito aos princípios leninistas de sua organização.

Entre as razões do meu afastamento gradual, destaco aquele que considero o principal equívoco do chamado XVII Congresso (Extraordinário) do PCB, concluído em 2 de junho de 2024, cuja denominação defendi à época de sua convocação, mas que, a meu juízo, perdeu sentido pelo fato de nele ter sido decidida a fundação de um novo partido, já se anunciando revolucionário, a menos de um ano da publicação de um Manifesto, em 3 de agosto de 2023, que propunha a criação de um “Movimento Nacional em Defesa da Reconstrução Revolucionária do PCB”, com a sigla PCB-RR, disposto a reivindicar, com ressalvas, o legado do Partido Comunista Brasileiro e abrir o diálogo e a unidade de ação com outros militantes e organizações revolucionárias. Dizia o Manifesto:

“Colocamo-nos a tarefa de superar o espírito sectário do pecebismo e de estabelecer a mais firme unidade de ação entre todos os comunistas revolucionários organizados para além da legenda do PCB - independentemente de tamanho e registro no TSE – organizações que hoje o PCB trata com menosprezo e distanciamento. A despeito de divergências existentes, não se pode falar a sério de uma frente anticapitalista e anti-imperialista no Brasil de hoje sem o diálogo e a unidade de ação consequente entre todas as forças comunistas de fato, não apenas em palavras.

Nosso compromisso é com a Revolução Socialista em nosso país e no mundo, e com a construção do instrumento político capaz de levá-la a cabo. E hoje, afirmamos sem hesitação, nem a atual direção do PCB, nem nosso próprio movimento em defesa da Reconstrução Revolucionária do PCB, estamos à altura dessa tarefa”.

Estou convencido de que as decisões de fundar esse novo partido, proclamá-lo revolucionário e anunciar a intenção de registrá-lo no TSE arrefeceram o interesse anteriormente manifestado por outras forças e outros militantes, com ou sem partido, em dialogar e trabalhar em unidade de ação conosco, provavelmente até camaradas que, à época, ficaram constrangidos no PCB! Percebo claramente o desânimo em meus contatos com diversos camaradas que viam no PCB-RR uma possibilidade de retomar sua militância e o flagrante afastamento do PCBR em relação às organizações com vocação revolucionária com as quais tivemos diversas bilaterais antes do Congresso, hoje também tratadas pelo partido “com menosprezo e distanciamento”.

Nestas linhas, quando vier a tratar de algumas questões políticas e orgânicas, procurarei abordar o que me parece atualmente uma tendência da política de alianças do novo partido, no sentido de uma frente de esquerda “radical”, em detrimento da frente anticapitalista e anti-imperialista decidida pelo seu Congresso. Aliás, certamente o que inspirou os formuladores da proposta da sigla PCBR foi sua intenção de afastá-lo na prática das organizações que nos procuravam para dialogar, exatamente porque elas não defendem etapas intermediárias nacional-democráticas no caminho da Revolução Socialista.

Meu desconforto com a decisão de criação do novo partido não foi apenas com seu resultado político, mas pela forma rápida, pouco debatida e de certa forma irresponsável como foi aprovada no Congresso, sem que houvesse qualquer razão que impedisse mais debate, mais reflexão, mais tempo para dialogar e decidir. Afinal, tratava-se de uma decisão muito importante e provavelmente irreversível, por se tratar do “nome de batismo” de um partido. A proposta PCBR venceu por uma diferença mínima em relação à segunda colocada (PCB-RR), sem obter maioria simples e sem a abertura de nova rodada de intervenções para um segundo turno entre as duas propostas mais votadas.

Não posso afirmar que em um segundo turno venceria a proposta PCB-RR. Com uma maioria esmagadora de jovens delegados – recém egressos da UJC - era natural que fosse mais atraente já criar ali um novo partido, para chamar de “nosso”, ainda mais se declarando revolucionário, do que um “partido movimento” que não se assumisse fundado, mas em reconstrução revolucionária. Mas pelo menos teria sido uma decisão majoritária, bem debatida e, portanto, com mais convicção e legitimidade.

Desde a conclusão do Congresso, afastei-me gradualmente do cotidiano do trabalho partidário. Meu problema principal não eram as siglas e os nomes em si, mas a leitura diferenciada que gerariam. Além dessas consequências, causou-me desconforto a escolha de uma sigla histórica - em que pontificaram revolucionários como Mário Alves, Apolônio de Carvalho e Jacob Gorender - cujo espólio político é até hoje reivindicado por camaradas da minha geração. É o mesmo constrangimento que geraria o fato de uma nova organização declarar-se ALN, MR-8, VPR ou outra sigla histórica do movimento comunista brasileiro!

O meu desânimo tem a ver com mais uma derrota de uma convicção que tenho desde muito antes de assumir a Secretaria Geral do PCB, que exerci entre 2005 e 2016. Eu diria que, desde o racha com os liquidacionistas, em 1992, estou convencido de que, no caso do nosso país, por conta da hegemonia reformista e de uma diáspora no movimento comunista, sobretudo entre organizações marxistas-leninistas de fato, portanto com vocação revolucionária, dificilmente uma única delas será capaz de dirigir e levar a efeito a Revolução Socialista, a menos que seja aquela que venha a se tornar o estuário de um processo franco e respeitoso de debates e de unidade de ação, através de uma frente revolucionária, sem qualquer tipo de “patriotismo partidário”.

O curioso é que a opção pela denominação PCBR, que me surpreendeu quando apresentada, contrariou frontalmente uma decisão do próprio Congresso, aprovada consensualmente mais cedo, na manhã do mesmo sábado. Refiro-me ao parágrafo 11 das resoluções sobre Organização, cuja argumentação era exatamente para defender a denominação PCB-RR, proposta pelas Teses, como se vê abaixo:

“Isso significa reconhecer, portanto, sem qualquer autoproclamação sectária, que estamos longe de ser o partido revolucionário de vanguarda do proletariado que desejamos construir em nosso país. Apenas assim poderemos conduzir nosso trabalho de organização e educação revolucionária das massas trabalhadoras na direção da criação de uma ferramenta organizativa que, armada teoricamente com a teoria marxista-leninista, esteja à altura das colossais potencialidades e missões históricas do proletariado brasileiro”.

Mas esse não foi o único motivo da perda gradual de minhas expectativas em relação ao futuro do PCBR. Nas muitas polêmicas de que participei no seu CC, reiterei algumas preocupações que já manifestara em minhas duas Tribunas ao chamado XVII Congresso Extraordinário do PCB e, mais recentemente, vinha concentrando minhas críticas em algumas posturas do CC e da CPN que, no meu entendimento, podem sinalizar um provável giro reformista na sua linha política e um preocupante desrespeito aos princípios que regem a organização de um Partido Comunista.

Um desses sintomas foi o exagero na valorização das recentes eleições municipais do ano passado, numa conjuntura em que era óbvio que elas seriam as mais inexpressivas, despolitizadas e menos importantes dos últimos tempos, do ponto de vista da luta de classes. O entusiasmo do PCBR e a superestimação da sua força política foram de tal ordem, a ponto de exatamente o número de lançamento do seu jornal mensal O FUTURO (título que sinaliza o futuro socialista!), publicado alguns meses antes das eleições, ao invés de privilegiar na capa a notícia sobre o surgimento do partido e a apresentação de seus princípios e objetivos revolucionários, dedicou toda a sua primeira página às eleições, com a manchete “O que esperam os comunistas desta eleição?”, que certamente alguns leitores identificados com o partido devem ter imaginado o resumo da resposta que viria no editorial: quase nada!

No entanto, três das oito páginas desta primeira edição do jornal foram dedicadas àquelas eleições, incluindo a publicação na íntegra da chamada “Plataforma Municipal do PCBR”, que incluía propostas que só poderão ser conquistadas através de revolução. Apesar de até hoje não conhecer a lista completa de nossos apoios no primeiro turno, nem seus resultados na eleição e nas relações políticas construídas, percebo que foram apoiados muitas dezenas de candidatos, muitos deles provavelmente por critérios mais pragmáticos que políticos, até porque uma semana após o CC decidir que o partido só poderia apoiar candidatos de 4 partidos (PSOL, PCB, PSTU e UP), esse número cresceu para 8, com a inclusão absurda, em relação às resoluções congressuais, de PT, PCdoB, PSB e PDT, por decisão da CPN, homologada após o prazo de 24 horas que concedeu aos demais membros do CC para opinarem a respeito, durante o qual reinou um silêncio profundo! No meu caso, só percebi a inclusão alguns dias depois.

Mas o que mais contribuiu para a decisão pessoal que aqui anuncio foi a naturalização de um centralismo seletivo, portanto antidemocrático, em que intocáveis militantes influenciadores têm total liberdade para expressar publicamente suas opiniões contrárias às posições coletivas. Essa foi a mais dura e inglória das lutas que travei e perdi em minha militância, diante do silêncio da maioria esmagadora dos membros do CC, incluindo seus principais dirigentes!

O argumento principal dos que defendem em tese a liberdade de divergência pública em um partido centralizado é uma falácia. Usam citações de Lenin para manipulá-las! Nos tempos de Lenin, a imprensa partidária era basicamente o jornal impresso. As polêmicas entre camaradas eram conhecidas apenas por quem os recebia em mãos, um público alvo restrito, basicamente de militantes, recrutandos e aqueles que o recebiam como abordagem para futura aproximação. Não havia sequer a possibilidade de sua reprodução através de cópias. Era o tempo da tipografia artesanal; hoje, o da inteligência artificial, em que o alcance público de cada militante é infinitamente diferenciado, inclusive em relação à sua adaptação às redes sociais e ao mundo digital em geral, uma vantagem para as novas gerações.

Constrange-me, na altura dos meus 60 anos de militância comunista - sem nunca deixar de expor minhas opiniões, sempre respeitando (muitas vezes a contragosto!) o princípio do centralismo democrático e exigindo de terceiros o seu cumprimento - continuar membro de um partido cuja direção concede, na prática, licença a alguns de seus membros, sobretudo ao mais famoso e influente, o camarada Jones Manoel, para divergir publicamente das posições coletivas.

O mais grave e contraditório é que o fator principal da cisão do PCB, em meados de 2023 - que deu origem ao Movimento Nacional em Defesa do PCB (PCB-RR) e depois ao PCBR - foi exatamente a crítica ferrenha um de parte importante do partido ao descumprimento do centralismo democrático pelos seus Secretários Geral e de Relações Internacionais, que traíram as resoluções do XVI Congresso (novembro de 2021) sobre o avanço do capitalismo na China e a era das disputas interimperialistas, conclusões que levaram à decisão, descumprida por ambos, de localizar o partido no campo revolucionário do MCI (Movimento Comunista Internacional).
A denúncia a esses dois dirigentes teve grande repercussão quando foi descoberto que, à revelia e sem conhecimento do partido e do próprio CC, eles participaram presencialmente, durante meses, em eventos em vários países, organizados por uma articulação internacional oportunista chamada PMAI.

Portanto, é bom lembrar: o Congresso que fundou o PCBR foi produto da luta em defesa do centralismo democrático! Centenas de militantes fomos expurgados do PCB, pelo seu núcleo duro, sem direito de defesa, por criticarmos os dois importantes dirigentes que desrespeitaram decisões congressuais e por tentarmos evitar a cisão, reivindicando a suspensão dos processos disciplinares, a abertura de uma Tribuna de Debates interna e a convocação do XVII Congresso (Extraordinário) do PCB, para arbitrar democraticamente as divergências.

Nos debates na direção do PCBR, reiterei várias críticas em relação a declarações e atitudes públicas de Jones Manoel, mas deixei claro que “a crítica principal deve ser feita à direção nacional do partido”, principalmente aos membros da CPN, que operam o partido entre uma e outra reunião do CC, por omissão, pusilanimidade e oportunismo político diante do enorme prestígio público desse camarada, mercê de seu inegável talento, o que fez com que ele se sentisse naturalmente cada vez mais à vontade para escancarar e escalar publicamente suas divergências com o partido. Creio que uma das razões dessa conciliação é a ansiedade pequeno-burguesa de privilegiar a quantidade de recrutamentos, em sua maioria atraídos pelo prestígio de influenciadores, em detrimento da qualidade política e da presença ativa do partido no ambiente proletário.

A direção nacional do PCBR faz vistas grossas a várias resoluções do Congresso que o fundou, entre as quais destaco os seguintes parágrafos do capítulo sobre Organização:

“O centralismo democrático é o princípio basilar de organização de um partido comunista, marxista-leninista, para construir a revolução socialista… O indivíduo se subordina ao grupo, a minoria se subordina à maioria, os órgãos inferiores se subordinam aos órgãos superiores, todos os órgãos se subordinam ao Comitê Central, e o Comitê Central se subordina ao Congresso”.

“Aos militantes que já têm destaque político individual dentro das redes sociais, esses devem ter seus conteúdos submetidos ao Partido, de modo a intensificar e centralizar nossas ações. Além disso, deve-se centralizar e sistematizar os acúmulos já existentes de ocupação do espaço virtual para o fomento de novos comunicadores e propagandistas virtuais orgânicos do Partido… Por outro lado, é preciso confrontar as tendências espontâneas à displicência, à arrogância e ao individualismo que surgem nesses meios: a militância comunista precisa combater a inconsequência e o liberalismo recorrentes no uso de tais formas de comunicação de massas”.

Focado no crescimento do número de seus seguidores no Youtube e provavelmente também nos projetos eleitorais várias vezes anunciados em seus vídeos, Jones resolve radicalizar sua liberdade de expor opiniões contrárias às do PCBR. Por decisão pessoal, sem consulta prévia ao partido, no final do ano passado ele anuncia a criação de um outro canal seu no Youtube (Manhã Brasil) e a contratação de um jornalista profissional para abrir os programas e conduzir as entrevistas. Sua escolha recaiu sobre Mauro Lopes, um experiente e habilidoso jornalista de esquerda, sem vínculo partidário. Antes do primeiro programa, Jones fez um vídeo no Youtube deixando claro que seu novo canal não teria orientação comunista, mas sim de “esquerda”.

Em grave desrespeito público ao PCBR, o primeiro programa do Manhã Brasil, em 13 de janeiro deste ano, significativamente teve como entrevistado especial um qualificado quadro do CC do PCdoB, Elias Jabour, a meu ver o mais competente defensor do caráter “antiimperialista” do chamado “socialismo de mercado” chinês e dos BRICS, posições radicalmente opostas às do PCBR. O próprio jornalista, ao apresentar o entrevistado, deixou claro que a decisão do convite tinha sido do Jones, que inclusive apareceu em meio ao programa para deixar isso claro, saudando-o e informando que provavelmente irá à China em breve, sem fazer qualquer contraponto às opiniões expostas pelo entrevistado, até porque coincide com elas, de forma hábil e inteligente, em suas próprias “lives” no Youtube, aproximando-se cada vez mais das posições do PCdoB nas questões internacionais e, o que é mais surpreendente, até mesmo dos dirigentes do PCB que levaram à cisão que resultou no surgimento do PCBR!

Em resumo, o novo canal Manhã Brasil já começou com um recado humilhante ao PCBR, para deixar claro quem manda em sua programação e que campo político seu criador e diretor quer protagonizar. Para se ter ideia, reproduzo algumas resoluções do Congresso fundador do PCBR sobre o imperialismo contemporâneo e a China.

“É um grave erro acreditar que apenas o bloco da OTAN deva ser caracterizado como imperialista (resultado de uma errônea compreensão do imperialismo como um fenômeno puramente político-militar, ignorando sua dimensão econômica à escala planetária) e desconsiderar as grandes mudanças que se deram na correlação de forças econômicas e militares mundiais, com a intensificação das contradições ao longo da cadeia imperialista, a desagregação da influência estadunidense, vertiginoso avanço do capitalismo na China e o papel econômico-militar que a burguesia russa tem cumprido regionalmente”.

“Diante da possibilidade de uma futura guerra mundial interimperialista, o Partido não pode vacilar: erguemos a bandeira da transformação da guerra capitalista entre os povos em guerra civil revolucionária do proletariado de cada país contra sua própria burguesia, no rumo de uma revolução proletária internacional que possa, enterrando o modo de produção capitalista em seu estágio imperialista, realizar um mundo de paz e solidariedade entre os trabalhadores e as trabalhadoras de todo o mundo”.

“É nesse sentido que, apesar do caráter incompleto da restauração capitalista no país e da coexistência desse modo de produção com formas produtivas públicas e estatais, a China hoje ocupa indubitavelmente um lugar destacado na cadeia imperialista global, em disputa contra o bloco EUA–UE, que passou a ser hegemônico no final do século XX e começo do XXI. Se mesmo antes dos anos 70 a República Popular da China deixava muito a desejar em termos de seu internacionalismo proletário, hoje seus interesses estatais internacionais são os da burguesia chinesa, de disputa contra as demais potências imperialistas por matérias-primas, força de trabalho e investimentos em outros países”.

Na semana passada, o camarada Jones naturalizou de vez a licença tácita que recebeu da direção de seu partido para divergir publicamente. Em uma edição do seu canal Manhã Brasil, o mesmo dirigente nacional do PCdoB que o inaugurou foi novamente o seu principal protagonista, reiterando à vontade as posições do seu partido, durante uma hora, ao passo que o primeiro dirigente nacional do PCBR entrevistado no canal, no mês passado, teve exatos 14 minutos para apresentar uma edição do jornal O Futuro e discorrer sobre as principais atividades políticas do partido.

O mais grave é que, apesar de tudo, o nosso principal influenciador continua cada vez mais percebido publicamente como “o porta voz oficial do PCBR”, um constrangimento político que influenciou fortemente a decisão que anuncio nesta carta.

A escolha dos entrevistados desse canal deixa claro o objetivo de formação de um campo político à esquerda dos setores majoritários do PSOL e até do PT, o que não deixa de ser positivo como um contraponto crítico à submissão do governo Lula aos interesses da burguesia e por contribuir para algumas lutas populares por reivindicações importantes, embora esse campo aposte mais em conselhos a Lula do que em agitar e organizar a mobilização das massas.

Entretanto, prevalecem nesse campo ilusões de superar (na verdade mitigar) as injustiças sociais e a exploração do trabalho pelo capital através dos meios institucionais da democracia burguesa, propondo reformas progressistas no sistema capitalista e semeando ilusões sobre a possibilidade de um mundo multipolar que leve à paz entre os povos, a despeito da evidente radicalização das contradições interimperialistas e dos focos de guerras em várias regiões do planeta.

Apesar de não assistir toda a programação desse novo canal, creio que por lá já passaram muitas dezenas de entrevistados, sempre apresentados como de esquerda, em sua maioria progressistas e reformistas, numa interação em que todos ganham, em prestígio e seguidores, tanto os que dirigem o programa como os convidados, sobretudo os que têm mais prestígio social. A julgar pela política eleitoral de 2024 e as recentes aproximações com correntes do PSOL e até personalidades do PT que questionam o lulismo acrítico dos setores majoritários desses partidos, resta saber se tem apenas natureza conciliatória o silêncio da direção nacional do PCBR em relação a estes evidentes esforços para a formação de uma frente de esquerda, em detrimento da frente anticapitalista e antiimperialista revolucionária anunciada por seu Congresso.

Além do seu novo canal no Youtube (Manhã Brasil), Jones criou recentemente um jornal digital semanal próprio (Boletim de Notícias Jones Manoel) com seus artigos e editoriais, venda de livros de sua autoria e captação própria de doações financeiras. Como canal pessoal e independente, o Boletim não divulga o jornal oficial do seu partido (O Futuro) nem o importante catálogo da LavraPalavra, editora criada e administrada por um dos mais importantes quadros do PCBR, cujo principal êxito editorial é exatamente o livro “O centralismo democrático de Lenin: a luta pela organização revolucionária”!

Concluo esta carta lamentando minha falta de estímulo e confiança para seguir lutando no PCBR em defesa dos meus princípios, mas consciente de que foi uma decisão pessoal acertada que pode suscitar reflexões e debates. Dentro dos meus limites, continuarei solidário a iniciativas que coincidam com minhas convicções políticas e ideológicas e favoreçam o debate de ideias e a unidade de ação do campo revolucionário do movimento comunista nacional e internacional.

Como sempre, a prática será o critério da verdade!

Guapimirim (RJ), 11.03.2025

Ivan Pinheiro

Vocês viram isso? caiu no meu zap a poucas horas

>>5502
>Cara, tu é retardado [mostra um link de um casos de setores basicos sendo estatizados]
realmente lacrou ai ein, mexico, frança e venezuela afinal fizeram o mesmo, aparentemente são dirigismo ou socialismo de mercado agora, pois são praticamente a mesma coisa(não riam).
agora mostra eles estatizando e expropriando monopólios de moradia por que o investimento precário ia criar uma ressecção ou restringir educação privada, vai la, mostra o dirigismo ai ja que ta perguntando pra IA.
> "ain quando a população é grande não funciona, só quando é pequena" 🤣 tirou essa "teoria econômica" do cu ? junto com o resto da merda que escreveu ?
Simples fato que para enriquecer um pais de população baixa com grandes vendas de recurso ou serviçõs especifico por cabeça mais politicas como os paises nordicos, as monarquias do golfo ou micro estados como honk kong e Singapura são facilmente bancaveis comparados a governos que tem a populacão conjunta deles no seu territorio, Japão tem 124 milhoes na mesma qualidade comparativa destes que eles que no total dão 98 milhoes, e requer mas vendas e serviçõs que todos eles juntos, mais né, escala não existe, todo pais é o mesmo pra rapaz igual voçe.
> O Vietnã faz isso, e nada muda na prática. Dirigismo não é privatização de indústria de base, muito menos de recursos naturais.
só o fato que todos os governos de dirigismo nunca rebatem ou se inserem contra o mercado quando precisa e acabam ruindo ao rentismo e financialismo e os que ficaram são raridades como singapura, mas estes modelos de mercado ai fazem isso mostrando utilitarismo no mercado e não atitude de subordinação igual o dirigismo mostra, afinal todo o desinvolvimento chines teve diretamente intervenção estatal, que no fim todos estão submissos a o estado, e não são em nem um nivel contra o funcionalismo publico, diferente de voce liberaloide.
>aim os dados
gozado que a maioria dos paises nordicos superam ou se igualam o brasil nessas taxas que voçe postou mas pela tua estupida acima era pra estar do mesmo jeito seguindo o sistema deles, ha.
mas no fim é pagamento de funcionário publico divida publica, um literalmente hamburger de vento que é pago com dinheiro nacional, só e problema se voçe acredita que a economia de um estado é a mesma de uma casa, deixa eu adivinhar, tu acredita.
a unica questão que importa é que setores públicos como generais e juízes ganham despropositalmente mais do que outras e tem que ser achatado por questão de criação de desigualdade.
> Tu é um lambe cu da burguesia estatal
sim, medico e professor são a verdadeira burguesia disse marx.
>e não um socialista
diferente de voçe que equipara dirigismo, uma política capitalista de desenvolvimento meramente pragmatica com o Socialismo chines e vietnamita e repete varias vezes que são a mesma coisa, ou seja acredita que capitalismo é socialismo, ou a sua tiradinha com paises socialistas não mercantilizados "que não quebraram (por que a USSR e o bloco do leste não tiveram sabote politico, eles "quebraram")", ou sua defesa felatiosa ao empreedendorismo privado e passe de pano a austeridade na defesa de cortes economicos contra o funcionalismo publico ou medidas de bem estar social em merda que nao vai dar bilhao pra infraestrutura, mas pra plano safra virar em investimento financeiro.
pare de se fazer de socialista ou querer dar uma de ensinar quem é ou nao socialista enquanto faz fala essas bostas liberaloide imundo.

>>5503
A carta do Ivan Pinheiro me parece totalmente correta, só discordei um pouco da análise da China, e até pela minha experiência no PCBR e PCB-RR conseguiria exemplificar coisas que vi e presenciei sobre as suas críticas.

Já afirmei várias vezes nessa imageboard que já militei no PCBR e sai desse partido a não muitos meses. Uma das coisas que me obrigaram a sair do PCBR, a gota d'água, foi quando eu descobri que o congresso aprovou a legalização do partido, que é, para mim, uma profunda contradição um partido se afirmar revolucionário e decidi se tornar um partido legalizado. O PCBR só aprovou essa via, a legalização, para poder por em prática o projeto eleitoral de alguns dirigentes, principalmente o Jones. Alguns posts atrás¹ eu especulei que o canal do Jones estava se tornando o meio de comunicação do PCBR na internet, mas alertei os perigos desse caminho do Jones usar seu prestígio para defender o que bem quiser, essa carta do Ivan escancara as minhas piores especulações.

Espero profundamente que essa carta seja um marco para o PCBR ajeitar seu caminho para de fato ser revolucionário. No partido que milito, o POR, pelo menos somos sinceros em afirmar que ainda somos um partido embrionário, dado a nossa minuscula inserção nas massas proletárias. A prática é o critério da verdade e a prática do PCBR diz muito sobre o que ele está se tornando. Sei que nesse fio tem um simpatizante do PCBR, peço de forma educada que avalie de forma materialista a prática do PCBR, localmente e nacionalmente, e compare com a de outros partidos. Apenas conhecendo a prática de outros partidos que você pode garantir que está no partido certo, isso é não ser sectário e é uma postura bem sincera e franca consigo e com a sua própria organização.


¹ >>4889
>caudilho digital
>O que este termo significa?

<[…] O Jones me parece realmente e seriamente se promover como um político eleitoral, não só por já ter tentado em 2022 para governador em meu estado, mas pelo esforço da legalização do PCBR para esse ano. Isso influencia em seus estudos nacionalistas, como os debates sobre patentes, complexo bioindustrial da saúde, e de como gerir de forma eficiente o banco central, que sinceramente destoam do programa histórico do marxismo, são estudos que fazem sentido quando se é um parlamentar que quer promover uma intervenção eficiente na maluca economia burguesa. Tanto que quem mais promovia esses debates foram antigos nacionalistas do PDT tais como o Darcy Ribeiro ou o Brizola.



<Vendo o racha do PCB com os olhos de hoje as razões para o racha foram bem menos os deslizes do PCB em sua linha política fora e dentro do Brasil e mais os atritos entre os academicistas e o grupo que via o Jones e outros teóricos que hoje estão no PCBR como um farol dentro do PCB, eles queriam mais poder dentro do organismo partidário e esse poder foi negado pelos acadêmicos, o atrito do PCB na PMAI só foi uma faísca. O PCBR para o plano de poder do Jones é a materialização de uma liberdade muito superior ao que se tinha no PCB, se o PCB parecia pequeno perto da influencia do Jones o PCBR já nasce com a cara dele.


<Só o tempo dirá se ele é ou não um caudilho digital. Só o tempo dirá se a história vai reservar um alto cargo de poder para ele no estado burguês ou não.


Mais abaixo apontei sobre a necessidade de que isso não se perca no meio do caminho, ou seja, vire só mais um produtor de conteúdo que apenas analisa o mundo se abstendo de intervir nele, contrariando a famosa tese onze de Marx em "Ideologia Alemã"

<Os filósofos têm apenas interpretado o mundo de maneiras diferentes; a questão, porém, é transformá-lo.


>Mas é necessário fazer e pensar a crítica para que isso não se perca no meio do caminho.


_____

Eu reforço aqui abaixo a importância política e simbólica dessa carta. O Ivan Pinheiro foi usado pelos que geriram o racha para legitimar um pouco mais a razão do racha, essa carta apenas é o próprio Ivan atentando isso. Disputem no interior do PCBR que o programa aprovado no XVII congresso sejam de fato cumpridas e que o Jones passe por uma profunda autocrítica de seus claros desvios. O que o Jones faz nesse momento tem nome e se chama oportunismo, se vende de revolucionário marxista mas divulga um programa totalmente reformista e eleitoreiro.

>>5505
Ainda tem o foda que a iniciativa privada no Brasil, um país semicolonial, superexplora os trabalhadores, ai quando alguém ganha um pouco melhor e tem direitos como estabilidade, que aliás deveria ser para todo mundo, algumas pessoas ficam reclamando em vez de pedir a ampliação dos direitos. O Brasil exporta para os países imperialistas dezenas de bilhões de dólares todos os anos, esse recurso é a prova de que a iniciativa privada poderia pagar salárias bem melhores aos trabalhadores, por isso não assusta ser o Estado brasileiro ter uma folha de pagamento de funcionários e aposentados tão alto. Se o Estado não pagasse bem os funcionários públicos a demanda interna seria menor, já que menos impostos é igual a mais lucro para os burgueses. Não se engane, a desoneração das empresas sempre é convertida em mais lucro ao dono e não em mais investimentos e empregos no abstrato.

>>5502
A própria estatística do liberal é praticamente uma contradição, já que a maioria absoluta dos funcionários públicos são municipais e estaduais e esses recebem quase o mesmo que na iniciativa privada. Só uma minoria é federal e mesmo esses não recebem salários tão maiores assim, 18% ou 67% não é tanto a mais. São discursos reacionários como esses que fazem o Estado cada vez mais contratar pessoas por contratos temporários, em vez de fazer concursos para contratar pessoas efetivas com todos os direitos. Essa semana li na edição atual do jornal A Verdade que em Brasília 56% dos professores distritais públicos estão trabalhando em contratos temporários, que além de pagar menos são dão estabilidade. O sonho molhado dos liberais é que TODOS trabalhem por menos e sem direitos,

>>5506
oi sou o anão acima que esta no processo de entrar no PCBR.
olha vou dizer, o Ivan esta quase totalmente correto, igual voçe tenho desavenças com a visão contra a china, principalmente nas partes que o Jones esta quebrando com o Centralismo democrático e está efetivamente fazendo politica fora da linha partidaria, eu acho o manha brasil uma boa proposta politica mas o fato de fato não esta focado em nada a não ser criar consenso contra a hegemonia petista, mas como foco ao PCBR pouco é feito, trazer militantes do mesmo ou materias do mesmo ajudaria a expor o partido no sistema, o que não é feito, o mesmo pode ser visto nos videos recentes dele onde muita pouca historia ou teoria é dita, só um video sobre o protesto contra o 6x1 e um video sobre o Luiz carlos prestes mas o que me mais pega e isso.
>Creio que uma das razões dessa conciliação é a ansiedade pequeno-burguesa de privilegiar a quantidade de recrutamentos, em sua maioria atraídos pelo prestígio de influenciadores, em detrimento da qualidade política e da presença ativa do partido no ambiente proletário.
entendo que ele quer que o partido cresça e tenha um dia seja hegemonia então ta fazendo o maximo para populariza-lo mas sem intenso treinamento politico e educação da propria militância pelo partido nos podemos chamar de vanguarda de algo ?, tipo, só digitando este post vejo como sou Razo e mal educado para debates profundos sobre o tema e mostra meu despreparo, se mais "eus" entram no partido e nunca melhoram junto com politicas que podem ser descarrilhadas ao revisionismo o partido so vai ser liquidado igual o PCB.
honestamente, isso é broxante, mas fazer oque, é parte do partidarismo, vou ter que expor isso quando virar militante, só dou a esperança que, pelo fato do PCBR ser novo esses vicios possam ser superados.

*Oração à Jones Manoel, protetor dos jovens revolucionários*

Jones Manoel, que estás em nossos corações,
Santificado seja o teu nome.
Venha a nós o teu pensamento crítico,
Seja feita a tua análise,
Assim no YouTube como nos livros.

O pão nosso da consciência de classe nos dai hoje,
Perdoai as nossas contradições,
Assim como nós perdoamos os reformistas que nos confundem.

E não nos deixeis cair no reformismo,
Mas livrai-nos da alienação,
Pois teu é o debate, a luta e a revolução,
Para sempre.

Amém.

>Junto da bomba havia panfletos que levavam uma imagem da foice e martelo, símbolo universal comunista, com os dizeres “abaixo os generais golpistas! Morte aos fascistas! Viva o Maoismo! Viva a Guerra Popular! Viva a Revolução Democrática!''
Quem foi?

>>5511
Tem gente falando que é falseflag, que o "Partido Comunista do Brasil" na verdade é o PCdoB, que a sigla PCB pertence ao "Partido Comunista Brasileiro" etc. Que a foice e o martelo na carta estava "feio" e de "baixa qualidade".
Mas na realidade, tudo isso encaixa com o partido ilegal maoísta que existe no Brasil, o P.C.B. Se foi um falseflag, o culpado estava bastante bem informado, o que convenhamos, é improvável.

>>5503
Isso me faz pensar que todo partido está fadado a fracassar. Me pergunto se a maneira leninista de organizar-se realmente cabe à nossa realidade, 100 anos depois.

>>5514
cabe pois não existe alternativa a altura, mas uma coisa é clara pra mim é que novos metodos de organização são sempre nescessarios de serem criados e desenvolvidos e implementados, o que o movimento de esquerda, e digo toda a esquerda, meio que não se preocupa a fazer a muito tempo.

>>5513
cara se alguma coisa explode perto de mim eu não vou ir perto pra coletar panfleto

>>5516
Mas a polícia vai. Qual seria o ponto de um ataque terrorista se você não identifica quem fez?

>>5511
É uma organização Maoista isso, não sei quem tava no fio de novembro, perto das eleições, teve uma explosão da mesma maneira em Londrina

https://www.folhadelondrina.com.br/politica/eleicao-nao-bomba-com-carta-explode-em-feira-de-londrina-3266272e.html?_=amp

Eu mesmo postei, zoando perguntando quem daqui que era, mas falando sério, alguem tem algum conhecimento acerca dessa org e essa… Maneira… De propaganda que ela escolheram?

>>5514
Sou Anarquista, não posso falar pelo leninismo, mas isso me fez repensar muito a questão das orgs mais tradicionais do Anarquismo (CAB, OSL), tanto que hoje nem concordo com eles.

File: 1741815400930.jpg (14.42 KB, 473x219, falseflag.jpg)

>>5511
>>5511
falseflag menos obvio do abin :

>>5519
Se alguém tiver esse conhecimento não vai responder, né compatriota. Nunca responda uma pergunta dessas, é assim que os X9 fisgam gente.
>>5513
>>5519
>>5521
https://www.google.com/amp/s/revistaforum.com.br/politica/2025/3/12/bomba-em-sp-entenda-os-pontos-que-sugerem-armao-no-atentado-175564.html
O que me deixa besta é a ignorância dos jornalistas da Revista Fórum com essa conversa de "false flag." Ninguém tem obrigação de conhecer cada grupo maoísta do Brasil, mas deviam ter sido mais rigorosos na pesquisa ao invés de citarem "as redes", "os internautas" e fontes do tipo.
>>5515
>>5520
Tem os partidos que se organizam em um modelo de tendências e o que a história do PT e do Psol mostra é que estes acabam com uma hegemonia das tendências mais à direita sobre as demais.

>>5522
Po sim, mas eu não tava falando os interiores do partido kkkkkk, eu tava falando de Maneira mais geral msm, nada que não seria conhecimento mais público.

Com certeza alguém aqui vai ser 10x mais informativo que qualquer uma das revistas, como você apontou corretamente, essa foi a razão msm.

Nem precisa criar fio novo porque o ejaculador precoce criou outro fio quando este tinha 300 respostas

File: 1741819795824.png (406.28 KB, 1000x1300, 1741810889595-0-0.png)

>>5524
ah, eu ia criar um fio novo com essa imagem, nevermind entao

>>5525
cria pfv essa imagem ta foda

>>5510
KKKKKKKKKKK

>>5521
eu acho que o médio abinzeiro não sabe o que é maoismo, esse símbolo, guerra popular, revolução democrática e enfim.
talvez eu esteja subestimando, quem sabe, mas não vejo motivo pra fazerem um falseflag tão específico pra uma organização maoista que ninguém conhece ou liga.

>>5525
pls o outro é uma caquinha e sua imagem é ouro

>>5513
Eu penso exatamente o mesmo. Mas é uma pena o partido maoísta fazer essas coisas. Colocar uma bomba num terminal de ônibus onde só tem trabalhador? O que se quer com isso?
Esse tipo de "militância performática" só atrapalha no fim das contas. Não acho que não deveríamos fazer isso por princípio, mas acho que foi mal feito e nesse momento a população na média está muito reacionária para receber bem esse tipo de ação. Só meus 2 centavos.

File: 1741833480816.png (444.29 KB, 683x810, POR.png)

Trotskista
>>5514
Eu sou uma pessoa suspeita para falar, mas penso que ainda é uma organização bem atual. Revoluções inevitavelmente acontecem, mas sob a liderança de um partido leninista o melhor das revoluções pode ser explorado, como a história já comprovou.

E como o anão abaixo disse não há outra forma organizativa a altura.

>>5517
Uma coisa é fato e eu preciso admitir. Essa ação bem ou mal gerou um engajamento estrondoso. Dificilmente qualquer atividade maoísta geraria tanta mídia, e pelo fato de ser um partido muito bem escondido fica mais difícil apontar o culpado abstrato e mais ainda os indivíduos culpados. Se essa mídia vai se traduzir em mais militantes ou aprovação deles pelo povo é outra história. O partido que milito passou por algo parecido na pandemia por uma frase nossa "em defesa da revolução e ditadura proletárias" que gerou uma histeria na direita kkkk.

Trotskista
>>5519
Eu conheço vários maoístas em Pernambuco organizados no Mangue Vermelho (MV) e Movimento Ventania do IFPE. Claramente existe uma simbiose de vários movimentos maoístas entre eles que só que está dentro saberia explicar como isso funciona. Dentro do MV tem jornalistas locais do A Nova Democracia, na minha universidade tem um maoísta de um movimento com sigla de 5 letras kkkk¹, tem uma aproximação fortíssima com a LCP, além do próprio MEPR que já comprei um jornal "Estudantes do Povo" uma vez. E em outros estados tem outros nomes, como carcará.

¹acho que é a FPLPB, não sei

Trotskista
>>5522
Não vejo contradição das tendências com o leninismo, até pouco antes da revolução os bolcheviques eram uma tendencia no partido social democrata russo. Provavelmente se Lênin vivesse um pouco mais teríamos visto o partido único abrir a democracia interna por meio de frações e tendencias em seu seio, respeitando sempre o centralismo democrático entre as tendencias e frações.

>>5523
O que expus acima é o máximo que sei e que eu poderia divulgar por aqui kkkk.

>>5527
Nunca é bom subestimar o inimigo, por mais que ele se esforce para parecer inofensivo. A Abin herdou a experiência das torturas e de como espionar as organizações trabalhadoras da ditadura. É por isso que me espanta as organizações não terem um plano caso o Brasil vire uma ditadura, ou seja, uma política de codinomes, células independentes e autônomas - para reduzir o impacto de espiões -, de esconder fotos e nomes de militantes… Enfim. Só os maoístas que levam isso mais a sério, e o POR kkk

>>5531
>O que expus acima é o máximo que sei e que eu poderia divulgar por aqui kkkk.

Tranquilo camarada, era exatamente isso, obrigado

Eu não vejo nenhum problema em ser pardo. Eu tenho cidadania italiana e ainda direito à cota em concurso público, é literalmente o melhor dos dois mundos.

>>5497
Estou por fora de quem é quem, mas sei que o Zizek tristemente pisou no bola e parece estar com Putin derangement syndrome, considerando-o pior que a própria OTAN.

Opa pessoal


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