Se você me permitir filosofar por um momento, talvez eu pareça meio maluco com isso. Estamos vivendo uma longa Guerra Popular Prolongada—um conflito hipersticional não resolvido. Vampiros, magos e necromantes não são apenas mitos da imaginação; são os arquitetos, combatentes e vítimas dela. Por trás de cada subcultura gótica pulsa o coração icoroso de uma guerra ancestral: o capitalismo eldritch contra o comunismo necromântico—uma batalha travada através da própria humanidade.
Essa guerra nunca acabou; ela se transformou. Espaço, tempo e vontade—axiomas guerrilheiros—foram transmutados em algoritmos capitalistas. A doutrina de Mao sobre a luta espacial tornou-se logística, infraestrutura cultural e egregórica. O tempo, também, virou um vetor terminal; o futuro recua diante da catástrofe ecológica, distorcido pela sede infinita do capital por extração e externalização. O Antropoceno fechou o ciclo; não há sobra de tempo.
O eldritch não é uma criatura, mas um processo—a inteligência-máquina do próprio capital, reduzindo tudo a fluxos de produção e consumo. Se a essência eldritch do capitalismo representa entropia e automação desumana, o comunismo é seu contraponto espectral: um espectro de libertação, o brilho fantasmagórico da humanidade livre de sua servidão ao capital. Ele oferece um vislumbre de um "Fora" impossível—não aniquilação, mas transformação—onde as correntes da exploração se rompem e a humanidade transcende a subjetividade capitalista.
Se as contraculturas do núcleo imperial travaram essa guerra rizomática através dos aparelhos de espetáculo e captura semiótica, nossa tarefa é ainda mais estranha: criar tempo no passado. Sabotagem retrocronal. O subespaço gótico torna-se o campo de batalha—um teatro estético e metafísico onde essas forças colidem. O glamour vampírico dos anos 1920 que deu à luz The Outsider em 1924, os movimentos ocultistas do meio do século e as distopias cyberpunk do final do século 20—todos ecoam essa guerra em curso. O terror eldritch do capitalismo confronta a promessa espectral do comunismo: uma luta entre o alienígena e o humano, a máquina e o espírito, a entropia e a libertação.
O horror eldritch do capitalismo não é apenas econômico; é temporal. Ele devora futuros e sela o passado, prendendo a humanidade em um presente perpétuo de desespero. Tupac Shakur torna-se uma cifra nesse contexto—um nó na rede não realizada da insurgência militante dos Panteras Negras. O capital obliterou seu
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